
O Site Galeria Musical publicou hohe a discografia comentada, álbum a álbum do nosso querido Beatle George.
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1)Canto Para a Minha Morte - Há Dez Mil Anos Atrás, 1976
Em 1998 saía o cd Raul Seixas – Documento. O Projeto começou há muito tempo, na verdade nos anos 70 quando Raul sonhava em gravar um disco com as versões de suas músicas em inglês. O disco se destacou pelos novos arranjos e instrumental completamente novos. Na maioria das músicas, a voz de Raul foi isolada em um canal, enquanto todo o instrumental foi gravado por músicos que já haviam trabalhado com Raul Seixas nos anos 70, além de outros como Milton Guedes e Roberto Frejat. Ainda falando sobre a voz de Raul, a mesma teve tratamento digno, como nunca fora feito antes com suas músicas, sua voz foi remasterizada dando a impressão de que o disco acabara de ser gravado.
Marco Mazzola, que produziu alguns dos mais importantes discos do Raul nos anos 70, foi o responsável por ouvir, separar todo o material e produzí-lo. Na verdade o disco não foi somente de músicas em inglês, como queria Raul, mas acabou sendo um presente para os fãs de Raul no sentido de que o disco trazia versões raras de músicas de Raul e músicas inéditas e, foi também um presente para Raul por trazer as versões de seus sucessos em inglês.
“Love is Magik” teve originalmente sua letra vetada e nesse disco aparece com um arranjo de cordas completamente novo que a tornou uma canção grandiosa. “Mornig Train” é uma linda versão em inglês para o clássico “Trem das sete” e é também o hit do disco. A música ganhou um vídeo clipe feitos a partir de imagens de Raul nos EUA e chegou a ser bastante divulgado na tv na época do lançamento do disco. “Faça, Fuce, Force” é a canção inédita do disco e com sua letra super irreverente Raul dá um show de em sua interpretação de igual irreverência. Em “Blue Moon of Kentucky” o álbum apresenta a já tradicional fusão do seu “Rock-Baião” onde mistura Elvis com Luiz Gonzaga. “Organge Juice” é a versão gringa de “SOS”. “Check up” é uma versão alternativa da música que fora censurada na época da ditadura e lançada somente no disco “A pedra do Gênesis” de 1988 com a letra modificada. Em “Raul Documento” “Check up” vem com uma linda interpretação de Raul muito diferente da versão oficial. “How Could I Know” e “Let Me Sing, Let Me Sing” são não possuem versões diferentes e entraram no disco devido ao valor histórico. “Rochixe” é uma versão inédita da mesma música. “White Wings” é a versão em inglês para “Asa Branca” de Luiz Gonzaga. “Se o rádio não toca” é uma versão muito bem produzida de uma música não lançada por Raul. Mas infelizmente não fecha com chave de ouro, a música “É fim de mês” pode ser chamada de “o maior assassinato da história”. Somente a voz de Raul foi mantida e no instrumental foi colocado um fundo meio dance, completamente fora de contexto, o som chega nos dá impressão que foi feito no nosso próprio computador com aqueles programinhas freeware.
Ainda assim, no fim das contas este disco tem o resultado super positivo, devido à qualidade sonora das músicas, da compilação em si e das versões inéditas que o disco traz. Comparando com a coletânea lançada recentemente “Anakilópolis”, “Documento” dá um banho, tanto na satisfação proporcionada ao fã quanto na importância histórica do registro das canções.
Publicado originalmente no site Galeria Musical
Raul se foi há exatos 20 anos (21/08/89), e seu legado continua cada vez mais presente na cabeça dos seus novos e velhos fãs. Enquanto a sua obra não consegue ser toda reunida em um só lançamento digno da carreira do mito do Rock nacional, pipocam por aí lançamentos, relançamentos e coletâneas do Raulzito. Álbuns como “Por Quem Os Sinos Dobram”, “Mata Virgem”, “Abre Te Sésamo” e “Raul Seixas (Carimbador Maluco)” bem que podiam ser relançados com um tratamento adequado, e este, como certeza, seria um bom momento para isso.
Dessa vez o produto que é embalado como “20 Anos Sem Raul”, traz o relançamento do (bom) CD “Raul Documento” – leia a resenha acima - , com uma música a mais, a “inédita” e bacana “Gospel”. O DVD é o lançamento (primeira vez no formato) do respectivo VHS de 1998. Legal, mas muito pouco para uma data redonda tão importante como essa.
www.drmorris.com.br
www.myspace.com/drmorrismusic
Que já nos acostumamos a ouvir músicas em celular, computador, Ipod e aparelhos portáteis, não resta dúvida, mas imaginar que um álbum será vendido inteiramente em formato digital, relegando aos jpeg´s capas, ficha técnica e encartes, é desanimador. Dizer que a iminente volta do vinil preencherá completamente esse espaço também é sonhar demais, é pura utopia.
Não estou defendendo o Cd, mesmo porque esse tipo de mídia de distribuição nunca me encantou, desde que os maravilhosos LP´s com encartes e capas que eram verdadeiras obras de artes, foram abruptamente substituídos no Brasil pelos insossos disquinhos metalizados, o prazer de ouvir um álbum começou a ser cultuado por cada vez menos pessoas. Mas a questão aqui é que o formato físico mais popular nos dias de hoje não possui ainda um substituto.
Posso entrar na onda e arriscar também o meu palpite. Acredito em uma convivência "pacífica" entre os formatos, ao contrário da morte definitiva do Cd, como aconteceu, por exemplo, com a fita cassete. A expressiva venda de vinis na Europa e Estados Unidos, está respingando por aqui. Recentemente a Polysom, única fábrica de vinis da América Latina, foi comprada pelo dono da Deckdisc, e está sendo reformada para voltar a fabricar vinis no Brasil, derrubando o preço que se paga por um vinil importado hoje aqui na terrinha. Segundo o próprio dono da Polysom, a demanda por pedidos de fabricação de novos vinis estão indo de vento em popa, o que certamente aquecerá essa indústria por aqui. Já com relação ao Cd, acredito que ele ainda possui uma sobrevida por vários motivos, entre eles, o custo baixo na fabricação, a portabilidade e a popularidade dessa mídia, pois qualquer residência tem um player de cds. Quanto aos arquivos digitais, certamente o ponto a favor é a facilidade de carregar centenas de músicas em um dispositivo que cabe na palma da mão, por outro lado o que pesa contra é o esquecimento do conceito álbum, dando lugar ao conceito música.
Dessa forma, acredito que problemas como o desmoronamento nas vendagens de álbuns jamais será sanado. O que resta aos artistas e gravadoras é apostar no produto diferenciado, feito para fãs. Casos como esses já estão acontecendo há algum tempo. Só para exemplificar, alguns álbuns em vinil, como o novo do Bob Dylan "Together Through Life", vem com cd encartado na mesma embalagem, outros vem com uma senha para você fazer um download digital de forma legal, o novo do U2 "No Line on The Horizon", saiu com oito formatos diferentes para o ouvinte escolher e comprar a versão que mais lhe agrada.
Não quero parecer saudosista, nem entrar no (de)mérito da pirataria, mas o consumo de música por prazer e não como pano de fundo, deve ser feita em algum formato, e de preferência físico. Algo palpável e que dê a sensação de estar segurando uma obra de arte, algo que represente um momento na carreira de seu artista preferido, um objeto que você possa tocar e falar sobre ele. De que adianta ter a "discografia" de um artista em um aparelho portátil e não ser capaz de ao menos conhecer o nome de um dos álbuns, não saber de que período pertence uma determinada música, e apenas orgulhar-se por estar carregando todos os discos dos Beatles em mp3? A verdade é que a teorizada "morte do cd" sem uma substituição, no mínimo à altura, significaria assassinar também um pouquinho de uma das mais importantes formas de expressão da cultura: a Música.
Galeria de Opiniões - 01
Os disco foram recolhidos pela Sony Music, e o erro corrigido. O meu chegou ontem (02/07) e tive o prazer de ouvir o álbum pela primeira vez em vinil.